Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 8 de 8
Filter
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 16(3): 1943-1952, mar. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-582492

ABSTRACT

Estuda-se a violência contra mulheres como alvo dos cuidados em saúde. É parte de pesquisa em serviços públicos em São Paulo, envolvendo prevalência de casos entre usuárias de 15 a 49 anos; estudo de seus prontuários; descrição dos serviços, por sua observação; e entrevistas semiestruturadas com 50 de seus profissionais, acerca da rotina e do ideal de trabalho em saúde, percepções quanto à existência de casos, ofertas assistenciais ou seus obstáculos e representações sobre violência. Analisa-se o conteúdo das narrativas profissionais, usando-se os demais dados para caracterização de seus contextos assistenciais. Reiterando a literatura, violência foi quase sempre tida como problema relevante, mas fora dos escopos das intervenções profissionais. Relataram-se ações isoladas e em caráter pessoal. Medos e impotência profissional foram mencionados, mas nenhum aspecto positivo para eventual intervenção. Os profissionais mostraram parco conhecimento de serviços especializados de referência. Conclui-se que as dificuldades na aceitação de casos de violência deveriam ser trabalhadas em três dimensões: a estreita definição da competência profissional, excluindo a violência como objeto; a indefinição tecnológica do fazer profissional; e a ausência de apoios efetivos em seus serviços.


This study deals with violence against women as a health care matter. It was part of a research in public services of São Paulo (Brazil), including the prevalence of violence among users from 15 to 49 years old; the study of their medical records; the description of the services; and interview with 50 professionals, focusing the routine and the ideals of health work, the perception on the existence of violence cases, the offer of assistance or its obstacles and the representations on violence. This article analyses the content of the professional narratives and uses the other data to characterise the assistance context. Confirming the literature, violence was almost always regarded as a relevant problem but outside the professional's intervention boundaries. Isolated actions and in a personal basis were reported. Fear and professional impotence were mentioned, but none positive aspect for potential interventions. The professionals showed lack of knowledge of specialized reference services. In conclusion, the difficulties in the acceptance of violence cases should be worked in three dimensions: the narrow definition of professionals' competence that excludes violence as an object; the absence of technological definitions for professional actions; and effective support in their services.


Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Middle Aged , Young Adult , Battered Women , Violence , Women's Health , Women's Health Services , Brazil
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 14(4): 1029-1035, julho-ago. 2009.
Article in English | LILACS | ID: lil-523936

ABSTRACT

Human trafficking is a phenomenon that has now been documented in most regions in the world. Although trafficking of women and girls for sexual exploitation is the most commonly recognised form of trafficking, it is widely acknowledged that human trafficking also involves men, women and children who are trafficked for various forms of labour exploitation and into other abusive circumstances. Despite the violence and harm inherent in most trafficking situations, there remains extremely little evidence on the individual and public health implications of any form of human trafficking. The Brazilian government has recently launched a national plan to combat human trafficking. However, because the health risks associated with human trafficking have not been well-recognised or documented, there is extremely limited reliable data on the health needs of trafficked persons to inform policy and practices.. Brazilian policy-makers and service providers should be encouraged to learn about the likely range of health impacts of trafficking, and incorporate this into anti-trafficking protection and response strategies. As well as prevention activities, the government, international and local organisations should work together with the public health research community to study the health needs of trafficked persons and explore opportunities to provide safe and appropriate services to victims in need of care.


O tráfico de pessoas é um fenômeno que foi registrado na maioria das regiões do mundo. Embora o tráfico de mulheres e meninas para exploração sexual seja a forma mais comumente reconhecida de tráfico, sabe-se que o comércio ilegal de pessoas envolve também homens, mulheres e crianças, em várias formas de exploração de trabalho e circunstâncias abusivas. Apesar da violência e danos inerentes à maioria das situações de tráfico, há ainda muito pouca evidência sobre as implicações do tráfico de pessoas para a saúde individual e pública. O governo brasileiro recentemente lançou um plano nacional de combate ao tráfico humano. Entretanto, dados confiáveis para informar políticas públicas e práticas ainda não foram produzidos, particularmente sobre a escala potencial e as implicações de saúde de diferentes formas de tráfico. Planejadores de políticas públicas e provedores de serviços no Brasil deveriam ser encorajados a reconhecer o alcançe do impacto do tráfico à saúde e incorporar essas informações às estratégias anti-tráfico. Governo, organizações locais e internacionais deveriam trabalhar conjuntamente com a comunidade de pesquisadores da Saúde no estudo das necessidades de saúde da população traficada e explorar oportunidades de oferecer serviços seguros e apropriados para vítimas com necessidades de saúde.


Subject(s)
Humans , Crime , Human Rights , Public Health , Brazil , Internationality
4.
Interface comun. saúde educ ; 11(23): 485-501, set.-dez. 2007.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-471083

ABSTRACT

Discutem-se dados obtidos com base em entrevistas semi-estruturadas com 29 informantes-chave de um conjunto de serviços de assistência a casos de violência doméstica contra mulheres. Investigou-se como profissionais percebem seus trabalhos e qual o grau de integração das ações entre eles, a fim de caracterizá-los ou não como uma rede, com vistas à inserção dos serviços básicos da Saúde, ainda não participantes à época. Conclui-se que racionalidades operacionais diversas e conflitantes convivem nesse conjunto, constrangendo sua integração efetiva. A inexistência de um projeto comum reflete a dificuldade de composição entre saberes e programas de atenção com lógicas muito diversas, sem interfaces comuns e valorização mútua. Envolvendo diversos setores de assistência à população no país, a integração depende da construção de canais de comunicação e formas tecnológicas de assistência que permitam o ajuste de projetos e definições a objetivos compartilhados.


This article discusses data obtained from semi-structured interviews with 29 key informants from a set of services that provide assistance to women who are victims of domestic violence. It was investigated how these professionals perceive their work, what is the degree of interaction between them, and whether this does or does not characterize these services as a network, with a view to future integration with the primary healthcare services network. The authors conclude that diverse and conflicting operational rationalities coexist in this set but in such a way as to make it difficult to achieve actual integration. The inexistence of a common project reflects how difficult it is to articulate knowledge and care projects that have very different rationales, share no common interfaces and do not value each other. As it involves several sectors of assistance to the population of Brazil, integration depends on building communication channels and technological ways of providing assistance capable of enabling the adjustment of definitions and projects in order to meet shared objectives.


El artículo discute datos obtenidos en entrevistas semi-estructuradas con 29 informantes de un conjunto de servicios de asistencia a casos de violencia doméstica contra mujeres. Se investigó el modo como los profesionales perciben sus trabajos y cuál es el grado de integración de las acciones entre ellos, a fin de caracterizarlos o no como una red con vistas a la inserción de los servicios básicos de la salud aún no participantes a la época. Se concluye que racionalidades operacionales diversas y conflictantes conviven en este conjunto, cercenando su integración efectiva. La inexistencia de un proyecto común refleja la dificultad de composición entre saberes y programas de atención con lógicas muy distintas, sin interfaces comunes y valoración mutua. Comprendiendo diversos sectores de asistencia a la población en el país, la integración depende de la construcción de canales de comunicación y formas tecnológicas de asistencia que permitan el ajuste de proyectos y definiciones a los objetivos compartidos.


Subject(s)
Intersectoral Collaboration , Violence Against Women , Women's Health
5.
Rev. saúde pública ; 41(3): 359-367, jun. 2007. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-450662

ABSTRACT

OBJETIVO: Estimar a prevalência de violência contra mulheres (física, psicológica e sexual), por parceiro íntimo ou outro agressor, entre usuárias de serviços públicos de saúde e contrastá-la com a percepção de ter sofrido violência e com o registro das ocorrências nos serviços estudados. MÉTODOS: Estudo realizado em 19 serviços de saúde, selecionados por conveniência e agrupados em nove sítios de pesquisa na Grande São Paulo, entre 2001-2002. Questionários sobre violência sofrida alguma vez na vida, no último ano e agressor foram aplicados à amostra de 3.193 usuárias de 15 a 49 anos. Foram examinados 3.051 prontuários dessas mulheres para verificação do registro dos casos de violência. Realizaram-se análises comparativas pelos testes Anova, com comparações múltiplas e qui-quadrado, seguido de sua partição. RESULTADOS: As prevalências observadas foram: qualquer violência 76 por cento (IC 95 por cento: 74,2;77,8); psicológica 68,9 por cento (IC 95 por cento: 66,4;71,4); física 49,6 por cento (IC 95 por cento: 47,7;51,4); física e/ou sexual 54,8 por cento (IC 95 por cento: 53,1;56,6) e sexual 26 por cento (IC 95 por cento: 24,4;28,0). A violência física e/ou sexual por parceiro íntimo na vida foi de 45,3 por cento (IC 95 por cento: 43,5;47,1) e por outros que não o parceiro foi de 25,7 por cento (IC 95 por cento: 25,0;26,5). Apenas 39,1 por cento das que relataram qualquer episódio consideraram ter vivido violência na vida, observando-se registro em 3,8 por cento dos prontuários. As prevalências diferiram entre os sítios de pesquisa, bem como a percepção e registro das violências. CONCLUSÕES: A esperada alta magnitude do evento e sua invisibilidade foram confirmadas pelas baixas taxas de registro em prontuário. Constatou-se ser baixa a percepção das situações vividas como violência. Sugerem-se estudos ulteriores que avaliem a heterogeneidade das usuárias dos serviços.


OBJECTIVE: To estimate the prevalence of (physical, psychological, and sexual) violence against women by an intimate partner and non-partner perpetrators among users of public health services and to compare these women's perception of having ever experienced violence with reports of violence in their medical records in the different services studied. METHODS: The study was conducted in 19 health services, selected as a convenience sample and grouped into nine research sites, in metropolitan area of São Paulo from 2001 to 2002. Questionnaires on having ever experienced violence in their lifetime and in the last 12 months and perpetrators were applied to a sample of 3,193 users aged 15 to 49. A total of 3,051 medical records were reviewed to verify the notification of violence. Comparative analyses were performed by Anova with multiple comparisons and Chi-square test followed by its partition. RESULTS: The following prevalences were found: any type of violence 76 percent (95 percent CI: 74.2;77.8); psychological 68.9 percent (95 percent CI: 66.4;71.4); physical 49.6 percent (95 percent CI: 47.7;51.4); physical and/or sexual 54.8 percent (95 percent CI: 53.1;56.6), and sexual 26 percent (95 percent CI: 24.4;28.0). The prevalence of physical and/or sexual violence by an intimate partner in their lifetime was 45.3 percent (95 percent CI: 43.5;47.1), and by non-partners was 25.7 percent (95 percent CI: 25.0;26.5). Only 39.1 percent of women reporting any episode of violence perceived they had ever experienced violence in their lifetime and 3.8 percent of them had any reports of violence in their medical records. The prevalences were significantly different between sites as well as the proportion of perception and reports of violence in medical records. CONCLUSIONS: The expected high magnitude of the event and its invisibility was confirmed by low rate of reports in the medical records. Few perceived abuses as violence. Further studies are recommended...


Subject(s)
Spouse Abuse , Battered Women , Mandatory Reporting , Surveys and Questionnaires , Women's Health Services , Underregistration , Violence
6.
Saúde Soc ; 15(1): 22-36, jan.-abr. 2006. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-442010

ABSTRACT

O Brasil encontra-se com a maior população jovem de sua história. Há um fator agravante para a difícil situação que enfrentam os jovens brasileiros, pois eles vivem em regiões de maior vulnerabilidade social. Estes jovens têm necessidades específicas e devem ser desenvolvidas políticas públicas que respondam a sua especificidade, dentro de uma perspectiva que encoraje a participação. Uma estratégia inovadora na perspectiva da educação entre pares foi desenvolvida no âmbito dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) vinculados à Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, denominada Plantão Jovem (PJ). Os PJ são formados por jovens entre 16 e 24 anos, que atuam junto a seus pares em ações de acolhimento, aconselhamento, oferta de insumos e de palestras educativas. Este artigo descreve os PJ, na perspectiva de seus jovens agentes, buscando compreender como estes compreendem o seu trabalho de educação entre pares. Foram desenvolvidos 3 grupos focais com os plantonistas de quatro CTA implantados em regiões periféricas e de alta exclusão social. Os discursos dos plantonistas valorizam a identidade com os jovens de sua comunidade no desenvolvimento de ações individuais e coletivas, a ênfase no aprendizado prático, o enfoque no encontro e no entendimento do outro. Foram identificados alguns pontos de tensão no desenvolvimento da proposta: valorização da informação técnico-científica x centralidade do encontro e do diálogo, no âmbito da prevenção de Aids; confusão entre identidade pessoal e profissional, como paradoxo da educação entre pares; confusão entre agentes e técnica operacionalizada no contexto da educação entre pares.


Subject(s)
Adolescent , Humans , Counseling , Adolescent , Adolescent Health , Acquired Immunodeficiency Syndrome/prevention & control
7.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 11(supl): 1323-1332, 2006.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-471496

ABSTRACT

O trabalho aborda como homens e mulheres de baixa renda e escolaridade, da cidade de São Paulo, Brasil, pensam suas relações afetivo-familiares e os diferentes contextos de violência que vivenciam. Trata-se de estudo qualitativo, utilizando grupos focais, com vistas a subsidiar estudo mais global acerca de violência contra a mulher e saúde. Foram realizados quatro grupos focais (dois com mulheres e dois com homens, na faixa etária de 25 a 35 anos), abordando as representações, livres e instigadas por ditos populares, de: homem e mulher ideais; as relações afetivo- sexuais e familiares; os concretamente vividos; e a violência doméstica. Usa-se a análise temática. Os resultados apontam para cisões entre atributos físicos e condutas morais na mulher ideal referida pelos homens, já aquela referida pelas mulheres define uma autonomia controlada. Os homens tiveram dificuldades em definir o homem ideal, já para as mulheres o ideal é o homem-família. Quanto à violência, é em princípio sempre condenável. É tolerável e instintiva para homens; e fatalidade ou destino, pela natureza masculina, para mulheres, tornando-se evento natural e trivial dos cotidianos de ambos. O referencial de gênero permite compreensão da violência como ocorrência comum, mas de sentidos diferentes entre gêneros.


This article discusses how men and women of low income and educational level, living in São Paulo City, think their affective and familiar relationships and the different violent contexts they live in. It consists of a qualitative study, based on focus groups and subsiding a more global study on violence against women and health. It has been conducted four groups (two with men and two with women, aging 25 to 35 years) broaching, free and instigated by popular sayings, conceptions on: the ideal man and woman, concretely experienced sexual affective and familiar relationships and on domestic violence. Thematic analysis was used. The results point in the direction of the division between physical attributes and moral conduct in the ideal woman referred by men, whereas the one referred by women defines a controlled autonomy. Men had difficulties in defining the ideal men, while, for women, this ideal is the family man. Violence is, in principle, always condonable. It is tolerable and instintictive for men, and fatality or destiny, because of masculine nature, for women, becoming a natural and trivial event in both of them day-to-day lives. The gender frame allows the comprehension of violence as a common occurrence, but in different senses for each of the genders


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Unemployment , Gender Identity , Spouse Abuse/diagnosis , Battered Women/psychology , Social Perception , Poverty , Family Relations , Domestic Violence/psychology , Brazil , Age Factors , Sex Factors , Socioeconomic Factors
8.
Interface comun. saúde educ ; 7(12): 41-54, fev. 2003. graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-332473

ABSTRACT

É difícil o relato de violência sofrida por mulheres. Trata-se da invisibilidade da violência que afeta as relaçöes usuárias - profissionais, criando impasses comunicacionais. Buscou-se caracterizar este silêncio, estudando usuárias de atençäo primária na rede pública de Säo Paulo, quanto a prevalência de violência, a percepçäo de ter sofrido violência, a definiçäo de violência em geral e a nomeaçäo dada por quem a experimentou. Entrevistaram-se 322 usuárias de 15 a 49 anos, sobre agressöes física, sexual e/ou psicológica, o agressor, e a percepçäo de ter sofrido violência, solicitando-se o relato de um episódio marcante, o nome que daria a este e a definiçäo de violência em geral. Das entrevistas, 69,6 por cento referiram alguma agressäo física, psicológica ou sexual e, destas, 63,4 por cento näo consideraram haver sofrido violência na vida; 64,3 por cento relataram algum episódio marcante e 46,5 por cento atribuíram um nome ao vivido. A definiçäo de violência mais comum foi a de agressäo física (78,8 por cento), seguida pela psicológica (39,7 por cento) e sexual (24,2 por cento). Conclui-se que a maioria das mulheres que referiu alguma agressäo näo considerou haver sofrido violência na vida. Houve grande dificuldade em contar episódios e nomeá-los, e apesar de a maioria desses episódios serem do âmbito doméstico, na definiçäo de violência esta referência näo aparece.


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Middle Aged , Battered Women , Domestic Violence , Aggression , Hospitals, Municipal , Violence
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL